sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Enforcando-se com a própria corda - Educação





Não há como não contestar a Resolução publicada nesta sexta-feira (15/01/2010), no “Diário Oficial da União” que determinou o 31 de março como a data limite para que as crianças que vão entrar para o 1º ano do Ensino Fundamental completem seis anos.
Quem completar seis anos no dia 01 de abril continua na Pré-escola.
Isto é que eu chamo de “se enforcar com a própria corda”.
Não dá para aceitar, como é que se pode propor uma mudança e acabar se perdendo na avaliação e execução da mesma.
Quando se optou por modificar o ensino Fundamental de oito para nove anos incorporando o Pré como sendo o 1º ano foi debatido (inclusive por mim que ministrei várias Palestras sobre o assunto) que o conteúdo trabalhado seria o mesmo que o da Pré-escola.
O objetivo maior era trazer a criança que iria frequentar a escola pública, um ano mais cedo para os bancos escolares, haja vista a diferença de preparo existente entre uma criança que frequentou a Educação Infantil particular e a que frequentou a creche ou não.
Nos primeiros anos desta mudança não foi em momento algum debatido pelas autoridades da Educação o currículo a ser adotado pelas escolas. Nem mesmo uma orientação foi dada. As escolas, tanto pública quanto particular, agiram conforme o seu entendimento. A maioria das escolas particulares continuou adotando o conteúdo do Pré para o 1° ano e as escolas públicas, como não tinham conteúdo de Pré adaptaram o da 1ª série. (Foi aqui que começou a confusão).
As crianças que na Educação Infantil são estimuladas a desenvolver a noção espacial e lateralidade, ritmo, coordenação motora fina, desenvolvimento da linguagem oral, iniciação à escrita e outras competências e habilidades, ao chegarem ao Pré (antes da reforma) estavam com cinco para seis anos e, consequentemente, ingressavam na 1ª série (antes da reforma) com seis para sete anos. Vale dizer que sempre existiu o caso de a criança completar, no Pré, seis anos em outubro ou novembro (o meu filho foi um dos casos). Está na memória coletiva que a 1ª série é para ser cursada com 7 anos, logo fica “confuso” para os leigos adequarem o 6 anos para o 1° ano (que no caso é o Pré de antes da reforma).
O que não podemos admitir é que especialistas façam esta confusão.
Sempre expliquei para as mães da escola que coordenei até o ano passado (que são leigas), que o aumento de mais um ano no Fundamental ocorreu no início (1° ano) e não no final (9° ano). Não foi colocado o 9° ano como mais um além do 8° e sim incorporado o Pré que passou a ser nomeado de 1º ano.Para ficar mais fácil o entendimento vamos exemplificar com o caso do Joãozinho:
Joãozinho fez 6 anos em setembro e foi matriculado no 1º ano – em setembro deste ano ela fará 7 anos e terminará o 1° ano com 7, terminará o 2° com 8 anos; o 3° ano com 9 anos; o 4º com 10 anos; o 5º com 11 anos; o 6° com 12 anos; o 7° com 13 anos; o 8° com 14 anos e o 9° com 15 anos.
Ocorre que a criança que completava 7 anos na 1ª série (antes da reforma) terminava a 8ª série com 14 anos.
Se enforcaram ou não com a própria corda?
Incorporaram o Pré ao Fundamental e deixaram de ver o 1º ano como Pré. Continuaram a agir com a visão de antes da reforma enxergando o 1º ano como 1ª série.
Este tipo de comportamento caracteriza a falta de vivência em sala de aula, de contato direto com o aluno e de contato direto com o planejamento anual.
Muito mais importante do que ficar limitando uma data para que a criança ingresse no 1º ano é disponibilizar um currículo condizente com a série que o 1º ano representa (Pré). É no Pré que a criança é preparada para a alfabetização, logo o 1º ano não alfabetiza e sim prepara para a alfabetização.
Postado por Cybele Meyer
(Professora de Pós-Graduação na Facinter, Minista Cursos no Educar Já Cursos e Oficinas, Escritora, Advogada, Artista Plástica, Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Docência do Ensino Superior, Pós-graduada em Docência e Tutoria do Ensino a Distancia, Professora, Diretora Pedagógica, Sócia Fundadora da Meyer&Meyer-Construindo a Educação Escritora, Palestrante, ministra Cursos e Oficinas para atualização de professores. Coordenadora da Educação Infantil Colégio Montreal, Editora do Mãe com Filhos (Trakinas), Editora do Cybele Meyer falando sobre (Blogs da Abril Cultural), escreve para diversos sites de educação, Colunista do Site Oficial da cidade de Itu).

Como vimos, O problema da educação não pode ser resolvido no âmbito do microcosmo da escola e do esforço individual de cada um. O governo reduz o problema em termos operacionais, ao voluntarismo. “Escola da Família”, “Amigo da Escola”, “Escola para Todos” são termos que nos mostram que cabe a comunidade e aos professores resolver os problemas da educação. As ideias vinculadas à TV de um professor esforçado, voluntarioso, feliz, decidido a resolver os problemas da educação não condiz com a realidade. Educação não é auto-ajuda. Os problemas educacionais não podem ser resolvidos apenas no âmbito do indivíduo, da comunidade e do esforço pessoal do professor. O problema da educação é antes de tudo um problema político e social.

Por isso, mais uma vez, afirmo que os pais precisam ficar atentos ao tipo de escola que matriculam seus filhos.

Será que ela está preocupada com esse tema?

Está atenta às mudanças, mas só no papel? E as práticas pedagógicas? Estão realmente em favor de uma Educação de Qualidade?

A melhor propaganda, não é aquela exposta em papéis, em divulgações que chamem a atenção pela plástica, mas sim aquela efetivamente comprovada, por opiniões de pessoas, no caso aqui, de pais que possuem seus filhos matriculados na escola. Não digo, que a "propaganda" audiovisual, não seja importante, não me interpretem mal, mas que não deve ser a única face que deve ser observada quando for matricular seu bem mais precioso.

O INSTITUTO EDUCACIONAL MILLENIUM é uma Instituição Educacional visionária, se preocupa não somente com uma educação de qualidade, mas dar "Qualidade Total" ao processo educativo - Educando com Ética e Valores para a Vida!

Faço um desafio a cada pessoa que ler esse meu artigo, vir visitar nossa escola antes de garantir a vaga de sua criança em qualquer outra escola, pois, acredito na certeza que ao conhecer nossa "Equipe" (tem lugares onde o que funciona é a "euquipe"), nosso espaço, nossa proposta articulada com a prática e nossos preços, terá o alívio ao perceber que encontrou "o portajoias" (escola) ideal para sua "joia" (filho).

Luciane Rosa de Oliveira Dias

2 comentários:

  1. Tia Lú, parabens pela publicação!Ficou ótimo. Os pais realmente precisam olhar a proposta pedagógica de uma escola antes de matricular. E a proposta do MILLENIUM é especial, pois é colocado antes de tudo o amor pelo trabalho que desenvolvemos.
    Tia Ionésima

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  2. Tia Lú vc conseguiu resumir em poucas palavras a proposta e o compromisso que a Escola Millenium tem com a educação das nossas crianças. Como disse a Ionésima o fator fundamental nós temos e o colocamos mesmo antes de tudo, o amor! Parabéns tia Lú!
    Tia Chrys

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