terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!

QUE VENHA 2010!!!


Que os dias do Ano Novo sejam uma sequência de proveitosas realizações e repletos de paz e felicidades!


...5...4...3...2...1... Contagem regressiva para 2010!!!




Que esse Novo Ano que se aproxima seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita Paz para o nosso mundo.


A cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus. Uma simples reflexão de toda a EQUIPE do Instituto Educacional Millenium...



Em 2010 seja feliz nos seus sonhos e tenha a felicidade de buscá-los...
Seja feliz nos seus projetos e tenha a felicidade de realizá-los...
Seja feliz nos seus desejos e tenha a felicidade de concretizá-los...
Seja feliz nos seus sucessos e tenha a felicidade de obtê-los...
Seja feliz sempre, em todos os momentos...
Luciane Rosa de Oliveira Dias

O blogspot está fora do ar

Desde o dia 24/12, diversos usuários brasileiros estão reportando dificuldade de acesso à página inicial do Blogger, Blogger in Draft e dos blogs hospedados no Blogger/Blogspot.
O problema já é de conhecimento dos funcionários do Google e encontra-se sob investigação. Acompanhe pelo fórum oficial do Blogger.
Eu, particularmente, tive muita dificuldade em acessar o Blogger nesse período, mas desde o início venho tentando buscar informações e/ou soluções para o problema.
É preciso manter a calma, pois confesso que senti vergonha alheia ao ler alguns comentários no tópico referente a esse problema lá no fórum. Reclamar, tudo bem, mas apelar, usar palavrões e fazer ameaças chega a ser ridículo. O que os nossos amigos portugueses vão pensar de nós brasileiros, né?
Eu venho acompanhando o fórum regularmente e posso garantir que os funcionários do Google, bem como os foristas mais assíduos possuem grande interesse e boa vontade. Sejamos civilizados. E não custa lembrar: o Blogger é um serviço GRATUITO.
ATUALIZAÇÃO EM 27/12
Ainda não está confirmado, mas parece que o problema é maior entre os usuários da operadora Oi/Velox. Conforme consta nos comentários deste post, mudar o DNS da conexão fez com que o acesso ao Blogger se normalizasse. Entretanto, esta é uma solução paliativa, já que resolve o problema do dono do blog, mas não dos visitantes. Ou seja, você voltará a acessar seu blog, mas seus visitantes não.
DICAS DE COMO COLOCAR SEU BLOGGER PARA FUNCIONAR
Eu consegui achar uma solução para este problema no forúm da própria Blogger, encaminho uma resposta que me ajudou muito. Inclusive criei um tópico com as informações que lhe envio a seguir, cujo o link é: http://conversando-historia.blogspot.com/2009/12/dificuldades-de-acesso-ao-blogger.html e autorizo reprodução se vc achar importante. Deixo então a explicação e a solução que encontrei na ajuda do Blogger:
1) Vá ao Painel de Controle;
2) Clique em Conexões de Rede;
3) Clique com o botão direito sobre sua Rede (deve estar marcada como LAN);
4) Escolha Propriedades;
5) Clique em Protocolo de Internet (TCP/IP);
6) Clique em Propriedades;
7 ) Na janela que vai abrir, busque a opção: "Use os seguintes endereços de servidor DNS" (ou algo parecido a isto, aqui uso inglês):
No primeiro campo, digite: 208.67.222.222
No segundo campo, digite: 208.67.220.2208)
Clique em OK e reinicie.
O fato é que a Oi (Velox) bloqueou o acesso ao Blogger e ao Blogspot, retirando estes endereços de seu DNS. DNS é um dispositivo que converte os endereços da web em números de IP. Assim, quando se digita um endereço, é enviado um comando para a operadora que busca em seu DNS os IPs do servidor onde estão os arquivos deste endereço. Como eles não estão lá, então o acesso não se efetiva.
Noé Gomes
Segui as indicações do Noé e funcionaram. Problema no blogger resolvido!
Mas fica uma ressalva para o texto publicado acima. Concordo contigo em quase tudo, mas o Código de Defesa do Consumidor não tira nossa proteção como usuários do serviço só por ser GRATUITO. Pago ou não, se oferecem serviço tem que ser com qualidade.
Feliz 2010!
Luciane Rosa de Oliveira Dias

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fim de Semana á vista!



É O QUE DESEJA O...










Luciane Rosa de Oliveira Dias

Férias


Há três coisas na vida que jamais retornarão:
O tempo, as palavras e as oportunidades.

Há três coisas na vida que podem destruir uma pessoa:
A ira, o orgulho e não perdoar.

Há três coisas na vida que você nunca deve perder:
A paz, a esperança e a honestidade.

Há três coisas na vida de maior valor:
O amor, a bondade, a família.

Há três coisas na vida que não são seguras:
O êxito, a fortuna e os sonhos.

Há três coisas na vida que formam uma pessoa:
A sinceridade, o compromisso e o trabalho árduo.

Há três pessoas na vida que são essenciais para nós:
O Pai, o Filho e o Espirito Santo.

Nós pedimos a DEUS que abençoe todos vocês,
guie e proteja o seu caminho.
O amor de DEUS sempre estará com vocês,
Suas promessas são verdadeiras...
Quando entregas a DEUS tuas preocupações,
Ele estará te olhando e te levará adiante..!!
Sigam em frente, alunos...
e não se esqueçam que deverão voltar
com mais compromisso nas aulas.
É o que desejam todos da
EQUIPE MILLENIUM...
Boas Férias!





Luciane Rosa de Oliveira Dias

Acordo Ortográfico - parte 2

Como prometi, estou de volta com:
ACORDO ORTOGRÁFICO - PARTE II
Mudanças nas regras de acentuação
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica
baiúca ................................baiuca
bocaiúva ........................... bocaiuva
cauíla ................................ cauila
feiúra ................................ feiúra
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo ......................................... abençoo
crêem (verbo crer)....................... creem
dêem (verbo dar).......................... deem
dôo (verbo doar)........................... doo
enjôo .............................................. enjoo
lêem (verbo ler)............................ leem
magôo (verbo magoar)................ magoo
perdôo (verbo perdoar)............... perdoo
povôo (verbo povoar).................. povoo
vêem (verbo ver)......................... veem
vôos................................................ voos
zôo...................................................zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passadodo verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir,intervir, advir etc.).
Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar equir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua,delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua,delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadaspor prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-histórias
obre-humanos
uper-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianuals
emiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessors
emicírculos
emideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
vice-rei,vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
microssistem
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatóri
oauto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada porr: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciadapor m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundoelemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-sesempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra.
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçue mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção decomposição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé








12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra oucombinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linhaseguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex- alunos.




MARCOS BAGNO - LIVRO "PRECONCEITO LINGUÍSTICO - o que é, como se faz?
Diz-se que o "brasileiro não sabe Português" e que "Português é muito difícil". Estes são alguns dos mitos que compõem um preconceito muito presente na cultura brasileira: o lingüístico. Tudo por causa da confusão que se faz entre língua e gramática normativa (que não é a língua, mas só uma descrição parcial dela). Separe uma coisa da outra com este livro, que é um achado.
Revista Nova Escola, maio de 1999.


Luciane Rosa de Oliveira Dias

Acordo Ortográfico

Novo Acordo Ortográfico




Olá queridos professores,
É sempre bom falar sobre o Novo Acordo Ortográfico, e quanto mais falarmos, mais familiarizados ficaremos com as mudanças.
Há também sempre um jeito atrativo de levar estas mudanças para os nossos alunos.
Primeiramente trago para vocês:
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: muitos sotaques, uma grafia.
Fonte: EducaRede
Desde janeiro de 2009, entrou em vigor o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Dúvidas, críticas e elogios compõem um mosaico de impressões sobre o Acordo que acaba de nascer nos oito países que falam Português.
José Alves
O que cinco países africanos, um asiático, um europeu e um da América do Sul podem ter em comum?
Se a resposta for que os habitantes dessas oito nações utilizam-se da Língua Portuguesa para se comunicar, está correta. E é com a intenção de unificar a forma escrita da quinta língua mais falada no mundo, pronunciada por cerca de 230 milhões de pessoas, que os oito países lusófonos (que têm o português como língua oficial) do planeta – Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Portugal e Brasil – aderiram ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passou a vigorar desde o dia 1º de janeiro de 2009. Vale ressaltar que as duas normas ortográficas – a usada até então e a prevista no acordo – serão aceitas como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos até dezembro de 2012. Segundo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a língua será internacionalmente tanto mais importante quanto maior for o seu peso unificado. A CPLP ainda destaca que das quatro grandes línguas (Inglês, Francês, Português e Espanhol), o Português é a única com duas grafias oficiais.
Novos parâmetros para a escrita:



Mas o que muda efetivamente a partir do acordo ortográfico?
Em primeiro lugar é necessário observar que, como o próprio nome diz, a mudança é meramente ortográfica, ou seja, concentra-se exclusivamente na grafia, nas letras e na acentuação das palavras, o que significa não haver alterações na pronúncia ou flexão, diferentes entre os países lusófonos.
As principais mudanças estão concentradas no fim do trema e das consoantes mudas, nas novas regras para o emprego do hífen, na inclusão das letras w, k e y no alfabeto e nas novas regras de acentuação.
Apesar das mudanças, não houve uma alteração significativa se a análise utilizar como base a quantidade de palavras modificadas.
Linguistas dos dois países, Antônio Houaiss, pelo Brasil, e João Malaca Casteleiro, português, afirmam que 0,43% das palavras no Brasil e 1,42% das portuguesas sofrem alterações.
Acordo Ortográfico: Prós e Contras


A equipe do Portal EducaRede ouviu dois especialistas, Douglas Tufano, professor de Português e História da Arte, e autor de livros didáticos e paradidáticos nas áreas de Língua Portuguesa e Literatura, e José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), que defendem posições diferentes em relação ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Para Tufano, embora não seja completamente favorável ao Acordo, esse momento é considerado um passo à frente no projeto de unificação ortográfica, mas ainda está longe do pretendido objetivo. "Nesse caso, o Acordo poderia ter sido mais ousado e abrangente". Outra questão levantada por Tufano é a falta de clareza quanto ao uso do Hífen: "o maior dos problemas no Acordo é a confusão que se estabeleceu quanto ao uso do hífen nas locuções. No uso do hífen com os prefixos, as regras são quase todas bem simples, mas ao tratar do uso do hífen nas locuções, como "maria vai com as outras" ou "pé de moleque", o Acordo não é nada claro e a publicação do dicionário da Academia Brasileira de Letras não contribuiu em nada para esclarecer essa questão". Segundo Tufano, a resolução desse problema passa pela elaboração do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), considerada uma fonte oficial de consulta e que já deveria estar publicado antes do Acordo entrar em vigor, para evitar confusões.
José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), concorda que algumas normas são tecnicamente mal formuladas, principalmente nas bases 15 e 16 do Acordo, em relação ao Hífen, que carrega dubiedade no entendimento das regras. A resolução desse problema está na elaboração do "Vocabulário Ortográfico Da Língua Portuguesa", outro ponto de concordância entre os especialistas. Mas, ao contrário de Tufano, José Luiz Fiorin é plenamente a favor do Acordo, principalmente em seu aspecto político, já que unifica a grafia nos países lusófonos e cria uma unidade na Comunidade de Língua Portuguesa. Até então, tínhamos duas grafias oficiais, a utilizada em Portugal, que é a mesma nas ex-colônias africanas e asiática, e a usada no Brasil. Segundo Fiorin, "reafirmar a unidade ortográfica é reafirmar a unidade de base da Língua Portuguesa". O especialista fez questão de salientar a diferença entre grafia e língua: "A língua é viva e muda tanto de país para país, com seus sotaques e gírias, como de geração para geração dentro do mesmo território. A unificação está somente na grafia".
Por fim, Fiorin analisou o impacto do Acordo nas salas de aula: "não interfere em nada a assimilação dos estudantes". O professor aponta três antigos problemas de ortografia nas escolas, e ressalta que nenhum deles foi contemplado no acordo. São eles:
1. Uma letra que representa vários sons. Ex: a letra "X" tem som de "C" na palavra auxílio e som de "Z" em exame;
2. Várias letras representam o mesmo som. Ex. Em beleza, o "Z" tem som de "Z", em exame, o "X" também tem som de "Z", e em casa, o "S" tem a mesma característica, som de "Z";
3. A não correspondência entre a letra e o som. Ex. A palavra "Sol": como a letra "L" tem som de "U", alunos podem escrever "Sou", o mesmo se dá com a palavra "Sal", que pode ser escrita, equivocadamente, "sau".
Para o Professor, uma forma de resolver essa questão está no automatismo da escrita, que vai aos poucos eliminando essas dúvidas. O entrevistado aponta uma forma bastante eficiente para alcançar esse automatismo, que é a memória visual das palavras, ou seja, quanto mais os alunos lerem, menos errarão na escrita. Mais um dado que evidencia a importância do hábito da leitura.

Custo ou investimento?



Segundo estimativa, a reforma ortográfica deverá custar cerca de 30 milhões de reais às editoras brasileiras, que deverão revisar e relançar mais de 25 mil títulos de livros. O Professor Douglas Tufano considera que a "relação custo/benefício é muito pequena e não compensa o gasto financeiro com as reedições". A Câmara Brasileira do Livro, no entanto, acha que esse valor pode vir a ser um bom investimento, já que as mudanças podem aumentar a venda de obras brasileiras em outros países de Língua Portuguesa. Em entrevista à Rede Globo de Televisão, Rosely Bosquini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, afirma: "Antes do acordo, sempre precisávamos adaptar os livros e para isso nós dependíamos de editores portugueses ou de outros países de Língua Portuguesa para trabalhar nos textos das obras brasileiras. Com a nova ortografia unificada, o mercado nos países pertencentes ao acordo tende a se abrir para a literatura brasileira". As editoras têm até dezembro de 2012 para revisar todas as obras e disponibilizá-las no mercado, data em que passa a vigorar a obrigatoriedade das novas regras nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos.
O Acordo Ortográfico e o Internetês



O Acordo Ortográfico, por meio das novas normas, unificou a grafia da língua nos países da Comunidade de Língua Portuguesa. A linguagem utilizada na Internet, chamada popularmente de Internetês, sofre alguma influência a partir das novas regras do Acordo Ortográfico?
Segundo Douglas Tufano, professor de Português e História da Arte, e autor de livros didáticos e paradidáticos nas áreas de Língua Portuguesa e Literatura, o internetês não tem ligação com o acordo, já que se trata de um sistema elaborado pelos próprios internautas, que não estão preocupados com a ortografia oficial, seja ela velha ou nova. "Eles querem apenas praticidade. Por isso, aliás, esse internetês deve se modificar muito ainda com o tempo, na busca dos internautas por mais rapidez e simplicidade", diz Tufano em entrevista ao EducaRede.
José Luiz Fiorin, Professor Associado do Departamento de Lingüística da FFLCH da Universidade de São Paulo (USP), ao falar ao EducaRede diz que a linguagem utilizada na web é uma abreviação, uma forma de trazer praticidade e rapidez à escrita, característica idêntica à uma anotação feita à mão, por exemplo, quando precisamos registrar um grande número de informações em curto espaço de tempo; portanto, não sofre nem exerce nenhuma influência ao Acordo.
Além disso, Fiorin não considera o Internetês como uma degradação da língua, como muito se diz. Ele aponta, inclusive, considerações notáveis no uso dessa linguagem, como a abreviação pelas consoantes: beleza abrevia-se blz, por exemplo. Segundo o especialista, trata-se de uma "análise linguistica intuitiva da grafia", já que, desde os Fenícios, quando surge o alfabeto, somente as consoantes eram marcadas. "É possível ler uma palavra se tivermos somente as consoantes na abreviação, mas é impossível ler a mesma palavra se separarmos somente as vogais", diz.
CURIOSIDADE
Histórico: os caminhos da língua



Muitos devem se perguntar o porquê da Língua Portuguesa possuir duas grafias oficiais. Tudo começou em Portugal, em 1911, quando da 1ª Reforma Oficial da Ortografia Portuguesa, que não levou em consideração a República Brasileira, e, desde essa data, a língua tem comportado duas formas de escrita. A partir daí, as duas ortografias percorreram caminhos distintos ao longo dos anos.
Foram muitas as tentivas de unificação da ortografia no século passado. Em 1931 aconteceu o primeiro Acordo Ortográfico entre Brasil e Portugal, que visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar a Língua Portuguesa. Contudo, este acordo não foi posto em prática. Em 1943 é redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal. Dois anos depois, em 1945, um novo Acordo Ortográfico torna-se lei em todos os países de Língua Portuguesa, com excessão do Brasil, que continuou a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.
Uma nova tentativa de unificação aconteceu em 1975 por meio de outro acordo ortográfico, agora elaborado pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa. Na ocasião, não houve aprovação por motivações políticas entre os países. Uma nova investida, estimulada pelo acadêmico Antonio Houaiss, deu-se em 1986. Segundo Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras, desta vez não houve aprovação por reações polêmicas ao acordo, que àquela época pretendia unificar 99,5% do vocabulário.
Por fim, em 1990, em Lisboa, um novo documento foi elaborado e assinado por representantes das nações de Língua Portuguesa, com a finalidade de unificar 98% da grafia do vocabulário. O documento, que regula o Acordo, foi aprovado pelos congressos de Portugal e Cabo Verde. Em 1995, foi aprovado por parlamentares brasileiros. Em 1998, os países assinaram um protocolo modificativo do acordo, alterando a data de vigência. Em 2004, foi assinado um novo protocolo modificativo para a adesão do Timor-Leste às normas, já que o país conquistou sua independência em 2002.




Estas quadrinhas me foram enviadas pela professora de Português Lauana Vale de Melo Brandão que com bom humor enfoca as mudanças do novo Acordo Ortográfico.

Clique nas figuras para lê-las em tamanho aumentado.















PLANTÃO ORTOGRÁFICO





Se você tem dúvidas de como ficou determinada palavra com a reforma ortográfica entre no PLANTÃO ORTOGRÁFICO e fique sabendo o que mudou e o que não mudou.




Acordo Ortográfico
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alteraçõesintroduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990,por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesacomo idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificaçãoortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos,elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamentesobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básicapara aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobreas mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação comquestões teóricas.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Porexemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka,kafkiano.


Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
Agüentar ................................aguentar
argüir .....................................arguir
bilíngüe ..................................bilíngue
cinqüenta ...............................cinquenta
delinqüente ............................delinquente
eloqüente ...............................eloquente
ensangüentado ......................ensanguentado
eqüestre .................................equestre
freqüente ...............................frequente
lingüeta .................................lingueta
lingüiça .................................linguiça
qüinqüênio ...........................quinquênio
sagüi .....................................sagui
seqüência .............................sequência
seqüestro ..............................sequestro
tranqüilo ..............................tranqüilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação: (parte 1)
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide ..................................................alcaloide
alcatéia ....................................................alcateia
andróide ..................................................androide
apóia (verbo apoiar) ..............................apoia
apóio (verbo apoiar) ..............................apoio
asteróide .................................................asteroide
bóia .........................................................boia
celulóide ................................................celuloide
clarabóia ................................................claraboia
colméia ...................................................colmeia
Coréia .....................................................Coreia
debilóide.................................................debiloide
epopéia ..................................................epopeia
estóico ...................................................estoico
estréia ...................................................estreia
estréio (verbo estrear)..........................estreio
geléia ....................................................geleia
heróico .................................................heroico
idéia .....................................................ideia
jibóia ....................................................jiboia
jóia .......................................................joia
odisséia ...............................................odisseia
paranóia .............................................paranoia
paranóico ...........................................paranoico
platéia ................................................plateia
tramóia ..............................................tramoia
OBS.: aguardem "Mudanças nas regras de acentuação: (parte 2)".


Luciane Rosa de Oliveira Dias

Formatura 2






Diplomas e Muito mais...
FONTE: Espaço Educar!
OBS: Clique nas figuras para vê-las em tamanho aumentado.











































Atividades:

















Luciane Rosa de Oliveira Dias