domingo, 27 de setembro de 2009

VERMINOSES



TER SAÚDE PARA VIVER É BOM DEMAIS

CADA SEGUNDO É TÃO PRECIOSO

QUE NÃO DEVE TERMINAR... JAMAIS!






CUIDAR DA SAÚDE
É CUIDAR DA VIDA!






DOENÇAS CAUSADAS POR VERMES:

ANCILOSTOMOSE



A ancilostomose, também conhecida por amarelão, é uma doença causada por vermes nematódeos (espécie: Necator americanus e Ancylostoma duodenale). As formas adultas desses parasitas se instalam no aparelho digestivo do seres humanos, onde ficam fixadas na porção que compreende o intestino delgado, nutrindo-se de sangue do hospedeiro e causando anemia. Essa doença é transmitida através da penetração ativa de pequenas larvas infectantes na pele de um indivíduo em contato com ambientes propensos, principalmente o solo, contendo fezes contaminadas por ovos que eclodem e desenvolvem as larvas. Após passarem pela epiderme, as larvas atingem a corrente sangüínea, seguindo em direção aos alvéolos pulmões (pequena circulação). Por meio das vias respiratórias, as larvas se deslocam pela traquéia até a laringe, onde são deglutidas com os alimentos ingeridos, passando pelo esôfago, estômago e alcançando a parede do intestino. Neste local se reproduzem, eliminando ovos juntamente às fezes. A adesão dos vermes no ducto intestinal ocorre devido à presença de um aparelho bucal munido de dentículos que se inserem na superfície interna da região duodenal, provocando lesão e conseqüentemente sangramento, agravando o quadro anêmico.
Essa doença pode ser controlada, mediante as seguintes medidas profiláticas:
- Utilização de calçados (sapato ou sandália), evitando o contato direto com o solo contaminado;
- Fornecimento de infra-estrutura básica para a população, proporcionando saneamento básico e condições adequadas de higienização;
- Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra; - Educação da comunidade, bem como o tratamento das pessoas doentes. Identificação sintomática: anemia (palidez), afecções pulmonares, fezes com rajas de sangue e indisposição física.
Tratamento: vermífugos, como o albendazol, devidamente prescritos pelo médico .

Por Krukemberghe Fonseca Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
ASCARIDÍASE


A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário. Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.
A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas. No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas.
Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática. Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal.
Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica. Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.
Por Mariana Araguaia, Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

ESQUISTOSSOMOSE

A esquistossomose é causada por platelmintos da classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas regiões do mundo sendo que, no Brasil, o responsável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero Biomphalaria, como hospedeiros intermediários. Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas. Na água, a larvas - denominadas miracídios - são liberadas e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se em caramujos do gênero Biomphalaria. Estes possuem como característica principal concha achatada nas laterais e de cor marrom-acinzentada. As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa humanas, penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá, se desenvolvem, reproduzem e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as.

Os sintomas, quando aparecem, surgem aproximadamente cinco semanas após o contato com as larvas. Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarréias, alternadas ou não por constipações intestinais. Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga d’água) são outras manifestações possíveis. O diagnóstico é feito via exames de fezes em três coletas, onde se verifica a presença de ovos do verme; ou por biópsia da mucosa do final do intestino. Há também como diagnosticar verificando, em amostra sanguínea, a presença de anticorpos específicos.

O tratamento é feito com antiparasitários, geralmente em dose única.

A prevenção consiste em identificação e tratamento das pessoas adoecidas, saneamento básico, combate aos caramujos, e informação à população de risco. Evitar contato com água represada ou de enxurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato com água suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias.


Por Mariana Araguaia

Equipe Brasil Escola

OXIUROSE

A oxiurose, ou enterobiose, é causada pelo helminto Enterobius vermicularis. Os oxiúros são pequenos, de distribuição ampla, e ocorrem mesmo em populações onde o saneamento básico é satisfatório.

Este animal parasita o intestino humano, conferindo prurido (coceira) na região anal, (seu sintoma mais característico), que ocorre em razão da migração das fêmeas à região anal para postura dos ovos. Irritabilidade, diarréia, náuseas, emagrecimento, vômitos e dores abdominais são os outros sintomas. Lesões na mucosa, dermatite e infecções secundárias podem aparecer na região anal. No caso de pessoas do sexo feminino, estas podem ter vaginites, em face da proximidade da vagina com o ânus. Em casos mais graves, os vermes podem se deslocar até as trompas e bloqueá-las, que pode provocar a esterilidade.

As crianças são as principais vítimas desta infecção, uma vez que nem todas possuem, ainda, noções básicas de higiene pessoal. Assim, o ato de coçar a região e não lavar as mãos pode causar a reinfecção ou infecção de seus colegas. A ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos deste animal podem, também, causar a oxiurose. Ao levar a mão contaminada à boca, os ovos são direcionados até o intestino delgado, local onde são eclodidos. As larvas se encaminham até o intestino grosso, onde ficam até atingir a maturidade sexual. A reprodução ocorre neste local sendo que, após o ato, o macho morre. Como geralmente o deslocamento da fêmea do intestino até o ânus ocorre durante o sono de seu hospedeiro, a criança pode eliminar diversos ovos neste período, podendo comprometer mais pessoas, uma vez que a poeira domiciliar é responsável por mais de 90% da infestação do verme.

O diagnóstico é feito analisando a presença dos ovos e fêmeas na região anal do paciente, com auxílio de uma fita adesiva transparente, que retirará uma amostra nas primeiras horas do dia, antes do indivíduo defecar ou tomar banho. Este material é analisado em microscópio, para confirmação da presença do parasita.

O tratamento pode consistir em lavagens intestinais com água morna e/ou fármacos. A higienização do ambiente e cuidados pessoais desta natureza são fatores importantes para evitar a reinfestação do verme.

Por Mariana Araguaia

Equipe Brasil Escola

TENÍASE

A teníase é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por parasitas intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório, uma vez que absorvem nutrientes digeridos pelo hospedeiro. Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando bovinos. Ambas possuem corpo dividido em vários anéis denominados proglótides e na extremidade anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia solium, possui nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na fixação. As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino.No ciclo da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros. Ocorrendo a ingestão pelos hospedeiros intermediários, estes têm a parede do intestino perfurada pelo embrião contido no ovo, que se aloja no tecido muscular. Este, alojado, confere à região um aspecto parecido com canjica – e é por esse motivo que algumas pessoas chamam esta doença pelo nome de “canjiquinha”. Ao se alimentar da carne crua ou mal passada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da doença.

O animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano e pode conferir ao portador dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjôos, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. O hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos dos hospedeiros intermediários ou de outras pessoas. Um indivíduo que ingere ovos da Taenia solium diretamente, pode ter seu organismo bastante comprometido, uma vez que o embrião (oncosfera) passa do intestino para a corrente sanguínea. Com o auxílio de suas ventosas e, principalmente, dos ganchos, pode se alojar no cérebro, olhos, pele ou músculos – inclusive do coração - podendo conferir ao portador quadro de cegueira definitiva, convulsão ou, até mesmo, óbito. Este processo de ingestão direta do ovo da tênia do porco pelo indivíduo humano é denominado cisticercose. Essa pode ser causada também por outra espécie de cestoda, Echinococcus granulosus, que parasita o intestino de cachorros.

Medidas de prevenção incluem o saneamento básico (tratamento de água e esgoto), fiscalização das carnes de porco e boi; cozimento prolongado da carne com cisticerco antes da ingestão; tratamento de doentes e bons programas de educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de higiene no dia-a-dia.

Por Mariana Araguaia

Equipe Brasil Escola

LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA DIAS

3 comentários:

  1. eu achei legal esse tema e bem inportante


    ass:joelma de souza gomes

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  2. Eu também Joelma. Achei que valeu à pena a publicação. Bjinhuuuuuuuuu

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  3. Na educação esta a solução de 90% dos problemas de nosso país, precisamos nos organizar e exigir de nossos governantes seriedade nesta área, a qualidade do país que deixaremos para nossos descendentes será melhor quanto melhor for a educação que damos aos nossos filhos(sanguineos e conterraneos).
    Luis M.O.
    email luismo@r7.com

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